quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Institutions 101 #3 (ou a montanha pariu um rato)

Ostrom enuncia os princípios necessários, ainda que não suficientes, à gestão eficiente dos recursos comuns. A ênfase que coloca nas condições iniciais, suas implicações, e consequentemente no desenho do quadro normativo de dado grupo de agentes, não é aqui questionada. Não obstante, Ostrom não incorpora de forma substancial os factores exógenos, marginalizando o seu impacte nas instituições.
A capacidade de alterar as instituições existentes, de acordo com a mudança das condições no meio físico e por outro lado nas relações que se estabelecem entre os agente e o ambiente (princípio 3), não contempla de forma assertiva o impacte de outras políticas (nomeadamente políticas económicas nacionais com impacte na gestão local dos recursos - concretamente, poder-se-ia falar da liberalização do mercado da terra) na decisão dos indivíduos e na sua opção por cooperar ou não. Ainda que estes acabem por ter implicações no quadro que se desenvolve, factores cruciais como a assimetria de informação ou a percepção do risco pelos agentes, não são integrados directamente no "modelo" que desenvolve.

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