segunda-feira, 30 de novembro de 2009
À conversa com a Jaquelina
Vou ali dar uma de Antero, mas ao contrário.
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Jardim das Amoreiras
Querem falar de manipulação?
Notícia do Destak: Portugal já está a ser afectado pelas alterações climáticas.
Afinal, sofremos de défice de vitamina D por não nos expormos ao sol.
E parem de dizer que vamos substituir Kyoto.
Assinado: miúda-que-acha-que-Copenhaga-se-tornou-um-circo-e-que-o-"acordo"-que-sair-será-negociados-nos-dois-anos-seguintes-à-semelhança-de-Marrakesh.
(e sim, vamos ter "acordo" mas diferente do que se espera)
Adenda: Tinha prometido não fazer um único post sobre Copenhaga, mas a notícia irritou-me. Espero não repetir. Mas já não prometo.
Afinal, sofremos de défice de vitamina D por não nos expormos ao sol.
E parem de dizer que vamos substituir Kyoto.
Assinado: miúda-que-acha-que-Copenhaga-se-tornou-um-circo-e-que-o-"acordo"-que-sair-será-negociados-nos-dois-anos-seguintes-à-semelhança-de-Marrakesh.
(e sim, vamos ter "acordo" mas diferente do que se espera)
Adenda: Tinha prometido não fazer um único post sobre Copenhaga, mas a notícia irritou-me. Espero não repetir. Mas já não prometo.
Hipocrisia Ocidental
Sou só eu que fico incomodada quando oiço falar de mais um negócio desta tipa?
José Eduardo dos Santos diz Tolerância Zero à corrupção em Angola. Mas a questão é: será que terá efeitos retroactivos?
Como há quem diga: recuamos para a frente e avançamos para trás.
José Eduardo dos Santos diz Tolerância Zero à corrupção em Angola. Mas a questão é: será que terá efeitos retroactivos?
Como há quem diga: recuamos para a frente e avançamos para trás.
Facto da noite
E diz ele: "É interessante perceber que a primeira geração de silicone, está agora a chegar aos 70"
domingo, 29 de novembro de 2009
Isto não tem que ser um post romantico
(Reformulado 2)
Quando deixas de perceber porque mesmo assim ainda insistes em algo que perdeu a cor, é porque não faz mais sentido continuares a insistir.
Porque as vezes é preciso ser "um radical livre", dar um passo.
Quando deixas de perceber porque mesmo assim ainda insistes em algo que perdeu a cor, é porque não faz mais sentido continuares a insistir.
Porque as vezes é preciso ser "um radical livre", dar um passo.
Porque nas veias corre-me basalto negro
"Como homens estamos soldados historicamente ao povo de onde viemos e enraizados pelo habitat a uns montes de lava que soltam da própria entranha uma substância que nos penetra. A geografia, para nós, vale outro tanto como a história, e não é debalde que as nossas recordações escritas inserem uns cinquenta por cento de relatos de sismos e enchentes. Como as sereias temos uma dupla natureza: somos de carne e pedra. Os nossos ossos mergulham no mar."
Vitorino Nemésio, Açorianidade,1932
Aconselho veemente...
www.myspace.com/zecamedeiros
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sábado, 28 de novembro de 2009
Saturday Sun
"And Saturday's sun has turned to Sunday's rain.
So Sunday sat in the Saturday sun
And wept for a day gone by."
Nick Drake
Five Leaves Left
Eu sou os meus vícios #2
(Acho que ninguém vai perceber este post, mas mesmo assim não resisto. Mas ainda dou uma pista: "está aqui alguém de LV?")
---
Deu-mo, e fiquei realmente feliz por voltar a tê-lo!
"Subúrbio, miséria, degradação
polícia, violência, repressão,
droga, desgraça, mata,
sobreviver aqui não é por sorte"
E agora gritamos todos: ói! ói! ói!
---
Deu-mo, e fiquei realmente feliz por voltar a tê-lo!
"Subúrbio, miséria, degradação
polícia, violência, repressão,
droga, desgraça, mata,
sobreviver aqui não é por sorte"
E agora gritamos todos: ói! ói! ói!
Nós somos os nossos sorrisos #1
Contei ao Alfredo quase que em tom derrotista.
Como sempre o possível problema foi transformado em solução.
Partilhei com a Violeta, que retorquiu: "Grande Alfredo"
E continuei na rua, sozinha a caminho de casa a rir.
Porque os Úria são isso mesmo, risos de dentro.
Como sempre o possível problema foi transformado em solução.
Partilhei com a Violeta, que retorquiu: "Grande Alfredo"
E continuei na rua, sozinha a caminho de casa a rir.
Porque os Úria são isso mesmo, risos de dentro.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Eu sou os meus vícios #1
Ele falou em dormir pouco e na queda.
(Como era aquela música?)
Agora, não consigo cantar outra coisa.
(Como era aquela música?)
Agora, não consigo cantar outra coisa.
Nós somos os nossos complexos #1
O Alfredo perguntou-me como se de algo normal se tratasse.
Eu admirei-me. Partilhei com a Violeta. Ela riu-se.
Mas ficou combinado que seria para a próxima. "É só o complexo de deus."
Eu admirei-me. Partilhei com a Violeta. Ela riu-se.
Mas ficou combinado que seria para a próxima. "É só o complexo de deus."
Eu sou os meus sítios #5
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
V = MC2
"Como a vida sem caderneta
como a folha lisa da janela
como a cadela Violeta
ou a violenta cadela?"
MC
(era demasiado fácil)
como a folha lisa da janela
como a cadela Violeta
ou a violenta cadela?"
MC
(era demasiado fácil)
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Ai, a chuva!
Violeta Úria, aka a miúda-que-não-gosta-da-chuva, gostaria de comunicar que está a trabalhar numa cara muito feia para fazer aos condutores que não param nas passadeiras, e a 3 chuvadas de fundar um movimento contra as pessoas-do-guarda-chuva que andam pelas ruas a molhar as pessoas-do-impermeável.
"Há lugares onde esperar a primavera
como tendo na alma o corpo todo nu.
Apagaram-se as luzes: é o tempo sôfrego
que principia. - É preciso cantar como se alguém
soubesse como cantar"
(Herberto Helder)
"Há lugares onde esperar a primavera
como tendo na alma o corpo todo nu.
Apagaram-se as luzes: é o tempo sôfrego
que principia. - É preciso cantar como se alguém
soubesse como cantar"
(Herberto Helder)
Eu sou as minhas pessoas #4 (ou: Este é para a Gominhas)
Ela enviou a carta com segredos.
(Fiquei meia hora a sorrir)
Na realidade, a poesia às vezes está nos outros.
(Fiquei meia hora a sorrir)
Na realidade, a poesia às vezes está nos outros.
Será por isto que me parece que alguns olham de soslaio?...
"We are left, then, with a curious dual organization binding anthropology to 'development': the field that fetishizes the local, the autonomous, the traditional, locked in a strange dance with its own negation, its own evil twin that would destroy locality, autonomy, and tradition in the name of progress. Anthropology resents its twin fiercely (hence the oft-noted distate of mainstream anthropoly for 'development' work), even as it must recognize a certain intimacy with it, and a disturbing, inverted resemblance. Like an unwanted ghost, or an uninvited relative, 'development' haunts the house of anthropology. Fundamentally disliked by a discipline that at heart loves all those things that development intends to destroy, anthropology´s evil twin remains too close a relative to be simply kicked out. Thus we end up with an 'applied' subfield (development anthropology) that conflicts with its own discipline´s most basic theoretical and political commitments (hence its 'evil'); yet which is logically entailed in the very constitution of that field's distinctive specialization (hence its status as 'twin' to a field that is always concerned with the 'less', the 'under', the 'not-yet'... developed."
James Ferguson
(Encyclopedia of Social and Cultural Anthropology, 1996)
James Ferguson
(Encyclopedia of Social and Cultural Anthropology, 1996)
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Desenvolvimento
Cartas para respirar
"Caro Bosie, Depois de muito ter esperado em vão, decidi-me a escrever-te, tanto para teu bem como para o meu, pois não gostaria de pensar que passei dois longos anos na prisão sem ter recebido um única linha tua, tão-pouco notícias ou mensagens, a não ser aquelas que me causam dor. (...)"
Hoje quase que metaforicamente
"Isto é um monumento evocativo"
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Eu sou as minhas pessoas #3
Ela disse que tinha tido uma alucinação.
(Mas os efeitos secundários da ingestão nunca foram confirmados.)
Na realidade, prefiro a ingenuidade aos jogos.
(Mas os efeitos secundários da ingestão nunca foram confirmados.)
Na realidade, prefiro a ingenuidade aos jogos.
A mim a política interessa-me #4
Ideologia: dizem que existe causalidade entre o crescimento do GDP e o consumo de electricidade, fazem uma referência a Schumpeter (para dar o toque heterodoxo e introduzir o conceito de inovação) e finalizam com a necessidade de liberalização.
Dois dias nisto, é preciso paciência.
Dois dias nisto, é preciso paciência.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Soa-me familiar
"Between the idea
And the reality
Between the motion
And the act
Falls the shadow"
The Hollow Men, T.S. Elliot
And the reality
Between the motion
And the act
Falls the shadow"
The Hollow Men, T.S. Elliot
Fosse tudo tão simples...
"Evening came. The girl climbed up into the attic and told the boy: since I saw you yesterday, my heart has not stood still, that is why I have come. I love you."
Louve Cause it all, African Folktales
... ou temos nós o dom de complicar tudo?
... ou temos nós o dom de complicar tudo?
domingo, 22 de novembro de 2009
Silêncios
"Para sonhar, não é preciso fechar os olhos, é preciso ler. A verdadeira imagem é conhecimento. São palavras já ditas, recensões exactas, massas de informações minúsculas, parcelas minimas de momentos e reproduções de reproduções que transportam para a experiência moderna os poderes do impossível. Nada mais do que o murmúrio constante da repetição que nos possa transmitir o que não acontece senão uma vez. O imaginário não se constitui contra o real, para chegar ou compensar, alastra-se entre os signos, de livro em livro, no intersticio das repetições e dos comentários, nasce e forma-se no espaço entre dois textos. É um fenomeno de biblioteca."
Michel Foucault, 1967
Retirado de uma instalação de Joseph Kosuth.
Exposição Silêncios, por Martin Karmitz
Vale a pena nem que seja simplesmente para ver mais uma peça de Juan Muñoz.
Retirado de uma instalação de Joseph Kosuth.
Exposição Silêncios, por Martin Karmitz
Vale a pena nem que seja simplesmente para ver mais uma peça de Juan Muñoz.
Eu sou as minhas pessoas #2 (alterado)
Eu sou os meus sítios #4
tempo e uma imperial a mais
Violeta foi violentamente violentada pela vil violência das letras.
(confesso: pensei nisto a caminho de casa ainda com os situacionistas e a IL na cabeça, apetecia-me brincar, fez-me rir)
(confesso: pensei nisto a caminho de casa ainda com os situacionistas e a IL na cabeça, apetecia-me brincar, fez-me rir)
sábado, 21 de novembro de 2009
Everybody's weird
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Outra Rua
"A língua portuguesa complica-me a vida. É pouco dada a arrebatamentos, as nossas palavras preferem, excepção feita à saudade, guardar-se para prosas mais telúricas e familiares, crassas de existencialismo explorando as vísceras. Pouco se dão sentimentalismos ocos, elucubrações bacocas e exibicionismos. É por isso que são tão magníficos os nossos poetas quando, como Pessoa, lhes contrariam a vontade falando de amor, da essência e do desassossego ou, como Herberto Helder, as pegam de caras, arrumando-as com precisão de relojoeiro, grandiloquente, cru, brutal.
Enquanto para aqui ando sem saber o que lhes fazer, não as trocava por nenhumas outras. "
Enquanto para aqui ando sem saber o que lhes fazer, não as trocava por nenhumas outras. "
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
3º Jantar Público à mesa
empadão de soja+vinho vargas reserva+humus+momentos constrangedores+brownies com 2 dias+chuva+jardim/miradouro Museu Arte Antiga+queres aquecer?+bancos húmidos+toalha neo retro+desabafos+brinde+compromisso+pseudo policia+partir a loiça+o puzzle da poesia+tentativa de videoclip+cão da máscara+se hoje o inverno chegar+saco papel ensopado+lar de idosos+público à mesa volante e andante+bichos nos copos+jantar molhado+companhia inesperada+o mundo da segurança nunca vos interessou?+república+the doors+chuva novamente+9:30h+violeta+alfredo+jaquelina+maria+salada de queijo fresco+sumol ananás+jaisalmen+pedras salgadas+122+vou-te partir os dentes+percurso a pé+bater ao estacionar+fim de noite+10 minutos para o 727+silêncio+botas PE.
Posso-te contar de mim?
Às vezes saio de mim, corro para lá de mim, como se procurasse algo que não encontro em mim, como se fugisse para lá de mim.
Perco-me por entre as ruas e ânsias de mim e encontro-me sempre e cada vez mais para lá de mim.
Deambulo na rotina e frustração do passar de outro dia. Acordo e "re-sinto" o mesmo, nada de novo apenas o corpo, o corpo, o corpo.
Aguardo a cada hora por uma bem-aventurança, algo que me faça sentir: é isto.
Algo que me faça desprender as amarras ao chão, de chão, tão chão.
Saio para a rua, encontro um amigo.
Prendo o olhar em algo que me faça respirar de dentro, que me faça espontaneamente sorrir, que me faça sentir a seiva.
E assim aos poucos vou ficando e ficando.
E assim aos poucos de poucos, aqui estou.
E assim.
Perco-me por entre as ruas e ânsias de mim e encontro-me sempre e cada vez mais para lá de mim.
Deambulo na rotina e frustração do passar de outro dia. Acordo e "re-sinto" o mesmo, nada de novo apenas o corpo, o corpo, o corpo.
Aguardo a cada hora por uma bem-aventurança, algo que me faça sentir: é isto.
Algo que me faça desprender as amarras ao chão, de chão, tão chão.
Saio para a rua, encontro um amigo.
Prendo o olhar em algo que me faça respirar de dentro, que me faça espontaneamente sorrir, que me faça sentir a seiva.
E assim aos poucos vou ficando e ficando.
E assim aos poucos de poucos, aqui estou.
E assim.
Assim... meio para o violentada
Andar todos os dias à procura da poesia tornou-me vulnerável às coincidências?
(quando me disse que um dia deixaria de ser suficiente, neguei).
(quando me disse que um dia deixaria de ser suficiente, neguei).
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Can I tell u something about life?
domingo, 15 de novembro de 2009
Eu sou os meus sítios #3
A mim a poesia interessa-me #3
foto de Toshihiro Oshima
Ao final da noite acabei a ler, reler e sentir, por entre fumo e barulho:
"Amanhã não falaremos disto
depois acordei-te
beijei-te com os lábios a tremerem de abelhas
tu continuas-te a dormir indiferente ao mel
levantei-me e deambulei pelo quarto
rente às paradas sem sabor por onde fugir-me"
Al Berto, Apresentação da noite
sábado, 14 de novembro de 2009
Eu sou os meus sítios #1
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Esta é para a Violeta
" O Merecimento
Não tem sentido discutir se alguém tem o que merece, ou menos ou mais do que merece.
Ninguém merece nada. As coisas acontecem ou não acontecem, deste modo ou daquele, mas não há nenhuma justiça nisso. O que existe é o acaso. Embora o acaso não aconteça por acaso."
Pedro Mexia
Não tem sentido discutir se alguém tem o que merece, ou menos ou mais do que merece.
Ninguém merece nada. As coisas acontecem ou não acontecem, deste modo ou daquele, mas não há nenhuma justiça nisso. O que existe é o acaso. Embora o acaso não aconteça por acaso."
Pedro Mexia
Porque a poesia também deve estar na humanidade #2
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
A mim a política interessa-me #3
Parafraseando muita coisa:
Criar os sinais certos é uma forma de induzir comportamentos, constituindo uma componente crucial das políticas públicas.
Criar os sinais certos é uma forma de induzir comportamentos, constituindo uma componente crucial das políticas públicas.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Quote of the day
A vencedora foi: Ele cresce.
Selecionada de entre:
- é para experimentar, é para experimentar;
- podia ser pior;
- não estou a gostar, não estou a gostar, não estou a gostar;
- Afinal secalhar até consigo gostar, vá (ou não);
- Tenho que gostar, que remédio;
- E ainda falta a promessa, essa tem que ser comprida.
Selecionada de entre:
- é para experimentar, é para experimentar;
- podia ser pior;
- não estou a gostar, não estou a gostar, não estou a gostar;
- Afinal secalhar até consigo gostar, vá (ou não);
- Tenho que gostar, que remédio;
- E ainda falta a promessa, essa tem que ser comprida.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Afinal, a inconstante sou eu
Domingo encontrei um daqueles conhecidos que não via há muito tempo. Tinha a farda do IKEA. Está lá a trabalhar, a formação dele é em qualquer outra coisa que não me lembro, mas foi o trabalho que arranjou.
Hoje encontrei o Carlos do café. Andou comigo na escola, acho que só acabou o 9º ano. Trabalha 12 horas por dia, 8 no café + 4 numa empresa de limpezas. Precisa do dinheiro para "sustentar a família" (casou-se e tem, pelo menos, um filho).
Há um mês encontrei um ex-colega de trabalho. Está a trabalhar numa daquelas grandes empresas. Recebe 360 euros por mês, com um contrato qualquer a 9 meses.
Comecei hoje uma coisa nova. Tenho sorte, sempre tive. E repito-o muitas vezes. Muitas coisas simplesmente acontecem-me.
Mas hoje com o húmor mais puff que woo-hoo, não estou a conseguir pôr as coisas em perspectiva. Há dias assim.
Hoje encontrei o Carlos do café. Andou comigo na escola, acho que só acabou o 9º ano. Trabalha 12 horas por dia, 8 no café + 4 numa empresa de limpezas. Precisa do dinheiro para "sustentar a família" (casou-se e tem, pelo menos, um filho).
Há um mês encontrei um ex-colega de trabalho. Está a trabalhar numa daquelas grandes empresas. Recebe 360 euros por mês, com um contrato qualquer a 9 meses.
Comecei hoje uma coisa nova. Tenho sorte, sempre tive. E repito-o muitas vezes. Muitas coisas simplesmente acontecem-me.
Mas hoje com o húmor mais puff que woo-hoo, não estou a conseguir pôr as coisas em perspectiva. Há dias assim.
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
domingo, 8 de novembro de 2009
Algures por Lisboa
Aqui e além em Lisboa
- quando vamos com pressa
ou distraídos pelas ruas
Ao virar da esquina
de súbito avistamos
Irizados o Tejo
Então se tornam
Leve o nosso corpo
e a alma alada
Sophia
- quando vamos com pressa
ou distraídos pelas ruas
Ao virar da esquina
de súbito avistamos
Irizados o Tejo
Então se tornam
Leve o nosso corpo
e a alma alada
Sophia
É a vez do Al Berto
"- somos um imenso e visionário animal à solta pela cidade
reproduzimo-nos ao contacto com o sol
irradiamos uma luz fosca uma força incontrolável
ELES chamam-nos delinquentes
mas apenas queremos sobreviver e mudar de vida
deambulamos de esquina em esquina
- vogamos de desejo em desejo indiferentes à multidão
sorrimos e fumamos um cigarro a meias
esperamos que alguma súbita transformação se opere
estamos condenados à espera e ao engate precário de uma noite"
Al Berto, Apresentação da noite
Quem se reconhecer que levante a mão.
reproduzimo-nos ao contacto com o sol
irradiamos uma luz fosca uma força incontrolável
ELES chamam-nos delinquentes
mas apenas queremos sobreviver e mudar de vida
deambulamos de esquina em esquina
- vogamos de desejo em desejo indiferentes à multidão
sorrimos e fumamos um cigarro a meias
esperamos que alguma súbita transformação se opere
estamos condenados à espera e ao engate precário de uma noite"
Al Berto, Apresentação da noite
Quem se reconhecer que levante a mão.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Eu gosto de balões... sempre gostei
Quando a Maria voltou de Moçambique, tentámos. Mas entre problemas de coordenação e noites mal dormidas, não se concretizou.
Agora, no regresso da Jaquelina, desta vez da India, com mais tempo, e sem depender de ninguém, consegui.
Não são todos vermelhos,mas quem quer ter só uma cor? A poesia vem de todo o lado.
Agora, no regresso da Jaquelina, desta vez da India, com mais tempo, e sem depender de ninguém, consegui.
Não são todos vermelhos,mas quem quer ter só uma cor? A poesia vem de todo o lado.
A mim a política "desinteressou-me"
É impossível não rir quando o nosso amigo Sócrates, de grandes jantaradas e bom vinho nos jardins de S. Bento em noites quentes de Verão, diz à oposição sempre que se dirige a eles: Um bocado mais de humildade meus senhores, quem ganhou as eleições fui eu.
E ao fim de muitos minutos a ver o debate na assembleia continuo a não conseguir levar estes gajos a sério.
Longe vão os tempos em que talvez na minha pura ingenuidade queria enveredar pela política. Verdade seja dita, quanto mais conheço menos quero conhecer.
E ao fim de muitos minutos a ver o debate na assembleia continuo a não conseguir levar estes gajos a sério.
Longe vão os tempos em que talvez na minha pura ingenuidade queria enveredar pela política. Verdade seja dita, quanto mais conheço menos quero conhecer.
Às vezes gostava de parar de pensar #1
Devemos, todos, uma critica sincera ao conteúdo.
Mas hoje não vou pagar a minha divida.
Mas hoje não vou pagar a minha divida.
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
Esta é para os manos #2
Parafraseando Herberto Helder:
"Amor - eis a palavra. O puro amor dos "Úrias". Mas a cidade era inatacável. A máquina funcionava: os jardins, a polícia, e os nomes, as imagens caçadas no ar, o trânsito das metáforas bancárias, ou os quartos onde se acorda para morrer, ou os nexos de lembrança, e a carne negra sobretudo quando os incêndios ameaçam passar de casa para casa, tudo: a vida inteira estancada como um dia entre duas noites, os medos, os mistérios. E os "Úrias" praticavam o seu terrorismo luminoso. Escreviam monografias onde a paixão interna corrompia a objectividade: era uma ciência rebelde."
Desta não estavam vocês há espera.
"Amor - eis a palavra. O puro amor dos "Úrias". Mas a cidade era inatacável. A máquina funcionava: os jardins, a polícia, e os nomes, as imagens caçadas no ar, o trânsito das metáforas bancárias, ou os quartos onde se acorda para morrer, ou os nexos de lembrança, e a carne negra sobretudo quando os incêndios ameaçam passar de casa para casa, tudo: a vida inteira estancada como um dia entre duas noites, os medos, os mistérios. E os "Úrias" praticavam o seu terrorismo luminoso. Escreviam monografias onde a paixão interna corrompia a objectividade: era uma ciência rebelde."
Desta não estavam vocês há espera.
Da série: tudo o que sinto e não sinto
"Talvez pudesse ouvir passos junto à porta do quarto, passos leves que estancariam enquanto a minha vida, toda a vida, ficaria suspensa. Eu existiria então vagamente, alimentado pela violência de uma esperança, preso à obscura respiração dessa pessoa parada. Os comboios passariam sempre. E eu estaria a pensar nas palavras do amor, naquilo que se pode dizer quando a extrema solidão nos dá um talento inconcebível. O meu talento do homem e devia reter, apenas pela sua força silenciosa, essa pessoa defronte da porta, a poucos metros, à distância de um simples movimento caloroso. Mas nesse instante ser-me-ia a essencial crualdade do espírito. Penso que desejaria somente a presença incógnita e solitária dessa pessoa atrás da porta. Ela não deveria bater, solicitar, inquirir.
Herberto Helder
Ainda não percebi...
se ando a enterrar ou a desenterrar o adjectivo.
quente-frio, cerveja-vinho, bairro-bica, tímida-libertário, rua-cinema, mundo-alfama, espontaneidade-jogo, mono-multi, poesia-racional, and so on...
quente-frio, cerveja-vinho, bairro-bica, tímida-libertário, rua-cinema, mundo-alfama, espontaneidade-jogo, mono-multi, poesia-racional, and so on...
domingo, 1 de novembro de 2009
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