segunda-feira, 31 de agosto de 2009

If this is not poetry, I dont know what could be


















Capelas imperfeitas

Domesticar os ‘moinhos satânicos’

Se a rotina é uma consequência da alienação imposta pelo sistema,
E se a quebra da rotina for considerada uma aplicação do princípio da "auto-protecção social",
o contra-movimento pode ter por base a poesia.

(pista: A grande transformação...)

Porque a poesia também deve estar na humanidade

"Isto era uma parte da vida delas, e era uma das regiões (comovedoras) da sua humanidade, e o que é humano é terrivel e possui uma especie de palpitante beleza"

Herberto Helder

domingo, 30 de agosto de 2009

Trip down memory lane... 2005

"Todos me acusam.
A única diferença é que hoje és um deles.

Sei que aumento os meus sonhos, todos os dias.
Sei que cada dia, cada ideia é mais incrível
supera a anterior em tempo, em esforço, em entrega.
Na minha cabeça não paro de gerar momentos,
às vezes estou tão envolta que tenho aquela certeza,
a que só tem quem sonha,
que tudo vai ser perfeito, que nada nunca vai intervir,
que tudo pode ser conjugado,
ao mesmo tempo executado.
tudo coincide, tudo implica vida,
O tempo vai passando e vai tudo aumentando,
tudo escasseia, e nunca para de existir.

Mas hoje sinto-me perdida, não sei porque optar,
o que devo fazer primeiro?
o que acontece a seguir? ou do que tenho de abdicar?
misturo a minha racionalidade com a minha imaginação,
sinto-me novamente perdida e não consigo sonhar.

Respeito mais o que vou ser do que o que sou,
mesmo quando não acredito que vou conseguir ser o que quero."

Timor



10 anos do referendo, 1 ano desta foto (a caminho de Baucau)...
É mais fácil espalhar magia em Lisboa do que em Dili, mas há muita magia por lá.

O meu contributo

1. Um dia vamos voltar a sentir a poesia

2. Um dia faremos a diferença

3. Um dia vamos fazer um novo PREC!

And last but not least...

4. Um dia vamos encontrar o nome ideal para o movimento

sábado, 29 de agosto de 2009

Nicola, encontros perfeitos (da série Poetizar a Publicidade: 1)

A minha contribuição para os próximos pacotes de açúcar da Nicola...

1. "Um dia vais ser tu a mostrar-me a poesia"
2. "Um dia vamos deixar de nos esquecer que temos um mundo melhor para conquistar"
3. "Um dia vamos deixar de ser invisíveis"

Algum seguidor deixa o seu próprio contributo?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Life meaning

"O ser humano inventou Deus e depois escravizou-se a ele"

Às vezes a poesia está nos outros...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Este tinha ficado como rascunho...

Violeta diria: mein gott
Maria diz: que medo
Jaquelina diz: on fire
Alfredo/Alberto/Roberto: Hoje bebeste café em vez de carioca?

As pequenas relíquias do vocabulário de cada um.. quem nos conhece sabe que é assim.

diferente de

"estamos demasiado ocupados para ouvir
somos demasiado barulhentos para escutar"

Ora, se escutar é diferente de ouvir, mas também olhar é diferente de ver, o que dizer do sentir?

Sentir é igual a sentir.

Mas o que será o sentir?

Barulho?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Faço forwards fora do meu leque...

Os Úrias têm um cordão umbilical,
dizem que faz "ding-doing",
sobe e desce num movimento oval,
não parte, não rasga, não rompe.

Além disso, os Úria têm uma dança,
dizem que faz "vroom-vroom",
roda roda, para lá e para cá,
quando começa não para, não se interrompe.

Dizem que os Úrias são teimosos,
mas já não têm idade para ser muleques,
já nasceram depois do prog rock e do prec,
não ouvem Tom, não ouvem Bob, não fazem rec.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Dia de más notícias...

Porque é à noite que os dias de más notícias ganham vida...

"Na noite terrível, substância natural de todas as noites,
Na noite de insónia, substância natural de todas as minhas noites,
Relembro, velando em modorra incómoda,
Relembro o que fiz e o que podia ter feito na vida.
Relembro, e uma angústia
Espalha-se por mim todo como um frio do corpo ou um medo,
O irreparável do meu passado – esse é que é o Cadáver!
Todos os outros cadáveres pode ser que sejam ilusão.
Todos os mortos pode ser que sejam vivos noutra parte,
Todos os meus próprios momentos passados pode ser que existam algures,
Na ilusão do espaço e do tempo,
Na falsidade do decorrer.

Mas o que eu não fui, o que eu não fiz, o que nem sequer sonhei;
O que só agora vejo que deveria ter feito,
O que só agora claramente vejo que deveria ter sido –
Isso é que é morto para além de todos os Deuses,
Isso – e foi afinal o melhor de mim – é que nem os Deuses fazem viver…

Se em certa altura
Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;
Se em certo momento
Tivesse dito sim em vez de não, ou não em vez de sim:
Se em certa conversa
Tivesse dito as frases que só agora no meio sono, elaboro –
Se tudo tivesse sido assim,
Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro
Seria insensivelmente levado a ser outro também.

Mas não virei para o lado irreparavelmente perdido,
Não virei nem pensei em virar, e só agora o percebo:
Mas não disse não ou não disse sim, e só agora vejo o que não disse;
Mas as frases que faltou dizer nesse momento surgem-me todas.
Claras, inevitáveis, naturais,
A conversa fechada concludentemente,
A matéria toda resolvida…
Mas só agora o que nunca foi, nem será para tras, me dói.

O que falhei deveras não tem esperança nenhuma,
Em sistema metafísico nenhum
Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei,
Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci de sonhar?
Esses sim, os sonhos por haver, é que são o cadáver.
Enterro-o no meu coração para sempre, para todo o tempo, para todos os universos.

Nesta noite em que não durmo, e o sossego me cerca
Como uma verdade que não partilho,
E lá fora o luar, como a esperança que não tenho, é invisível para mim."

domingo, 23 de agosto de 2009

Branca de Neve: realização dos Úria



Numa realização inédita dos Úria "Branca de Neve", a filmagem do pós-primeiro jantar, no Pai Tirano (ou qualquer outro nome que lhe queiram dar...), entre a confusão dos risos, a confusão do nome do cantor e a poesia, desta vez num lugar fechado.
Na parede João César Monteiro dá o consentimento, mas só depois do debate: "de certeza que a foto é dele?".

Do pai do Gaspar Úria

"E contudo tudo se transforma. Transforma-se o mundo em nós e fora de nós. E da mudança dos tempos e das vontades, nós participamos. Não como animais caminhando para o abate, nem como demiurgos incondicionados. Mas como agentes procurando o máximo de consciência possível, estendendo as mãos e tacteando os possíveis; fazendo de acordo com os tempos a vinda de um outro tempo. Não somos adivinhos, nem sabemos rigorosamente prever qual será o rosto do futuro, mas isso não nos impede de o desejar”

sábado, 22 de agosto de 2009

ah pois é... a primeira assinada como é suposto

(E a primeira não poderia ser outra que não esta... )

“O amor gera ódio e anda às voltas com a revolta,
foi ao espaço que fomos buscar um pouco da raiva que nos faz falta,
daquela que mata, mata, mata onde a mudança desemboca,
se o nosso amor traz vida é a vossa merda que nos controla.
Mas não tira a força, não cala a boca e muito menos nos amedronta,
é a nossa festa, festa a vossa conversa não conta,
andamos à solta,
procurando um destino próprio com mais derrotas do que vitórias,
construindo um mundo sólido.
Não somos fortes demais, não somos gente a mais,
não queremos o mundo inteiro,
mas não vivemos em paz.
E foi no espaço que encontrámos um pouco da guerra de que te falámos,
o amor que faz odiar como sempre imaginámos,
daquele que mata, mata, mata onde a mudança desemboca,
se o nosso amor traz vida é a vossa merda que nos controla.”

(Zootic - Amor gera ódio)

Puro e duro

Vamos raptar a poesia.

A pedido de alguns seguidores (sim já temos seguidores!)

Luar de Agosto

Reflete-se a Lua no Tejo
Espelho de água prateada
Cheia brilhando aguada
Como a água que há num beijo

Enche a noite de luz alva
Alheia ao ruído da cidade
Luar de Agosto de verdade
Sem mácula nem ressalva

Deixo à média luz a janela
Ouvindo música baixinho
Invade da Lua o seu carinho

Como tão carinhosa é ela
A Musa presente tão bela
Vestida de branco linho

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Porque as palavras não chegam...

... as fotos do pitéu e do local.

Entre a fome, o vinho e a ansiedade nunca umas pataniscas souberam tão bem.


E o local escolhido para celebrar o primeiro jantar na rua...


Já começaram as apostas para o local do próximo momento, o próximo vinho e a próxima ementa...

Retro

Segundo o público de hoje (P2) "o estilo 'retro' da Alemanha de Leste está na moda".
Digo eu (cada um com a sua ideia...) que não é só o da Alemanha de Leste, o 'retro' está na moda.
Era bom que do 'retro' se recuperasse mais do que a estética.

Começar o dia...

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Top 3 de frases da noite

1. Sou neo retro red neck
2. "é da cebola..."
3. à terceira segunda-feira do mês

Aproveitando a deixa da poesia... aqui fica um fadinho com sugestão de fim-de-semana

O amarelo da Carris
vai da Alfama à Mouraria,
quem diria.
Vai da Baixa ao Bairro Alto,
trepa à Graça em sobressalto,
sem saber geografia.

O amarelo da Carris
já teve um avô outrora,
que era o xora???.
Teve um pai americano,
foi inglês por muito ano,
só é português agora.

Entram magalas, costureiras;
descem senhoras petulantes.
Entre a verdade, os peliscos e as peneiras,
fica tudo como dantes.

Quero um de quinze p'ra a Pampuia.
Já é mais caro este transporte.
E qualquer dia,
mudo a agulha porque a vida
está pela hora da morte.

O amarelo da Carris
tem misérias à socapa
que ele tapa.
Tinha bancos de palhinha,
hoje tem cabelos brancos,
e os bancos são de napa.
No amarelo da Carris
já não há "pode seguir"para se ouvir.
Hoje o pó que o faz andar
é o pó (???)
com que ele se foi cobrir.

Quando um rapaz empurra um velho,
ou se machuca uma criança,
então a gente vê ao espelho o atropelo
e a ganância que nos cansa.
E quando a malta fica à espera,
é que percebe como é:
passa à pendura
um pendura que não paga
e não quer andar a pé.

Entram magalas, costureiras;
descem senhoras petulantes.
Entre a verdade,
os peliscos e as peneiras,
fica tudo como dantes.
Quero um de quinze p'ra a Pampuia.
Já é mais caro este transporte.
E qualquer dia,
mudo a agulha porque a vida
está pela hora da morte.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Quem será?

Explicação em 3 linhas...

Os Úrias são o público!
As ruas são a magia!
E no meio há a poesia!

(continuo a rimar...)

terça-feira, 18 de agosto de 2009


Poesia.

1º encontro Publico à mesa

Foi por causa da poesia que tudo começou.

17 de Agosto de 2009: 3ª 2ª feira de Agosto

Membros presentes: Emanuelle Úria, Alfredo Úria, Violeta Úria e Jaquelina Úria

E assim começou: Pataniscas+arroz feijão+salada+Monsaraz+pudim+sumol+"jardim amoreiras"+gajo da flauta+toalha flores+dia da libertação da emanuelle+sara não tem gripe A+novo elemento do grupo, Jaqueline+quase dança na assembleia+pregrec?+jardim campo ourique+jantar as 00h+pai tirano+regra do não telemovel+flor turquesa+pulseira requintada+inexistencia de descafeinado+walmen e the national+02:06h sono a chegar+Praça do pimenta+ideia 4f dia 12 de agosto+miradouro santa luzia+poesia+dança do alfredo+pulp fiction+danças sicronizadas+Jaqueline desiste+fixe com o dedo do pé+3 2f de cada mês+úrias de 85+mix musical+plateia+irmãos úria+os dedos do pé+gajo da companhia nacional de bailado+vamos pagar.

note: emanuelle_úria a espalhar magia.. ag 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Testing 1...2...

Cá estamos à solta em Lisboa...