domingo, 31 de janeiro de 2010

Há uns meses mas ainda hoje #3

yes, they will.

Instalação #3

(Cidade do México, 2007)

Um dia acordas

e não sabes o que queres.
E todos os dias acordas com a dúvida.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Efeito spillover

O que eu queria era que a minha vida fosse toda ela um efeito spillover de pragmatismo.

A minha revolução


Anastasia Cazabon

"Os dias longos, as noites no meio do mar. Espero o porto de chegada, as virtudes restituídas, o espiríto enfim reconciliado com o mundo. E desembarco, há uma qualquer experiência surpreendente, caminho para o conhecimento. Consigo agarrar essa meada ainda irreconhecivel: a maneira como tudo se erreda em tudo. Desabituei-me dos milagres. Sabe-se como é: quase todas as manhãs acordo angustiado, esforço-me por imaginar que este dia é virgem e primeiro, carregado de poderes enigmáticos destinado às revelações. Literatura. merda. Trata-se de mais um dia em que me vou chatear, aturar os meus semelhantes, a filha-da-putice teológico-emocional de um Deus que, ainda por cima, não existe. Posso especular sobre a revolução, evidente. Que revolução? A revolução claro. Pois é: a minha revolução não dá um passo."

Herberto Helder, Como se vai para Singapura

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Lembra tudo o que te disse #6

"Mas isso assusta-te?"
"Um bocadinho, sei que _________ é um claro excesso de linguagem"
(dou-me bem entre a espontaneidade, a disfuncionalidade e o exagero)

Institutions 101 #4

"Institutions are the humanly devised constraints that structure human interaction. They are made up of formal constraints (rules, laws, constitutions), informal constraints (norms of behavior, conventions, and self imposed codes of conduct), and their enforcement characteristics. Together they define the incentive structure of societies and specifically economies." Douglas North

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Didn't anybody tell you, this river's full of lost sharks.


Anastasia Cazabon

Outra perspectiva da tua instalação #2



(Madrid, 2008)

Eu sou os meus sítios #6

Golpe de estado. E boa noite.

(E as ruas também, mas isso eu já sabia)

Para reverter o golpe ver aqui.

Troco a Madeira pela Base das Lajes

Daquelas ironias perfeitas.
Agora no Facebook.

Desisto. O deslumbramento ultrapassou a realidade #2

"Violeta, conheço os teus SIM's - diz o que queres."
(conheço os teus olhos, sei o que queres)
Fiambre.
(mas não sei se é isto que quero.)

Instalação #2

(Madrid, 2004)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

domingo, 24 de janeiro de 2010

O que bom se viu por aqui (em 2009)



Aferschool é o tipo de filme que acaba e te deixa no cinema a ver o genérico até ao fim, mesmo quando não procuras nada dele. E quando este acaba continuas parado a olhar para o ecrã vazio. Sais, vais para casa, pensas um pouco se afinal gostaste do filme, se valeu a pena pelo dinheiro, tempo e expectativas que lhe dedicaste. Mas não pensas por muito tempo. Esqueces. Uns dias depois percebes o quanto quase que sublime ele foi, o quanto crú ele é. E se te perguntarem porque gostaste do filme, simplesmente gostei, não consigo explicar porquê. Foi um gostar que te absorveu aos poucos sem te aperceberes como.

Trailer.

O que bom se vê e ouve por aqui



Infelizmente sem a menina.
Este senhor, é um Senhor.

ps- Tiago, desculpa. Não há concertos para lx, e veio a terrinha.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Presidente do Senegal propõe território em África para haitianos

Vamos fazer tipo o que fizemos com os Judeus.


Ora vamos-lhes dar 3 hipóteses: (1) deserto Saara; (2) Uma região com terras cultiváveis, abundante em recursos naturais e de onde se estima que a maioria dos haitianos são descendentes e (3) uma região com terras não aráveis.


Claramente que a escolha seria a opção (2).


As nações Unidas apoiariam, quer institucionalmente quer logisticamente.
Materializava-se a mudança.
E depois? Para além da questão étnica, que é um dos maiores problemas relativamente à estabilidade política africana, o povo a quem há algumas centenas de anos lhes pertenciam essas terras iria ter um movimento de fricção. E quanto mais imposta e violenta fosse essa invasão, maior seria essa fricção, e pouco mais faltaria para o despoletar de uma guerra.

Quem teria razão? Os haitianos que há algumas centenas de anos dali partiram? Os naturais que há algumas centenas de anos ali se encontravam?

(analogia ao conflito israelo-palestiniano e também uma maneira de mostrar que eu não sou anti-semita, simplesmente utilizo uma lógica de respeito pelos direitos humanos para o meu posicionamento).

Noticia em causa.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

"Dê uma oportunidade ao talento, Acabe com os esterótipos de Género"

Desculpem-me senhoras, mas não consigo ler o nome deste seminário sem me contorcer na cadeira.
Não consigo.

Informação sobre o dito seminário.

(quem és tu?)

Desisto. O deslumbramento ultrapassou a realidade #1

Podia ser só uma questão de dialéctica, mas é menos evolucionista que isso.
O confronto entre as leis da realidade, as leis do pensamento (e as forças das expectativas) é só confuso. A nova síntese.
A constante transformação está nas esquinas, e tentar interpretar as esquinas como um todo pode ser um erro.
Cada esquina conta uma história, que não é necessariamente real, e o momento precário vale o que vale como procura constante. A nova contradição.

Institutions 101 #3 (ou a montanha pariu um rato)

Ostrom enuncia os princípios necessários, ainda que não suficientes, à gestão eficiente dos recursos comuns. A ênfase que coloca nas condições iniciais, suas implicações, e consequentemente no desenho do quadro normativo de dado grupo de agentes, não é aqui questionada. Não obstante, Ostrom não incorpora de forma substancial os factores exógenos, marginalizando o seu impacte nas instituições.
A capacidade de alterar as instituições existentes, de acordo com a mudança das condições no meio físico e por outro lado nas relações que se estabelecem entre os agente e o ambiente (princípio 3), não contempla de forma assertiva o impacte de outras políticas (nomeadamente políticas económicas nacionais com impacte na gestão local dos recursos - concretamente, poder-se-ia falar da liberalização do mercado da terra) na decisão dos indivíduos e na sua opção por cooperar ou não. Ainda que estes acabem por ter implicações no quadro que se desenvolve, factores cruciais como a assimetria de informação ou a percepção do risco pelos agentes, não são integrados directamente no "modelo" que desenvolve.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Da instabilidade emocional ao oportunismo sentimental












Heidi Romano

Porque na sua essência não há diferenças.

Preciso que ainda me reconheças #2

"Listen to the sound of the underground
your hears start to deafen your head begins to pound
the crowd starts to move as the earth begins to quake
your spine starts to give as your back begins to break"

Pro-Pain, Death on the dance floor

Só não sabe quem nunca foi.
Aqui. (ignorando as imagens claro está)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Instalação #1

(Hall of fame, Mainz, Alemanha, 2007)

Somos o que somos #4

Nicholas & Sheila Pye


"Hoje nem sequer me atrevo a fazer-me censuras. Lançado neste dia vazio, essa censura teria provocado um eco desanimador."

Franz Kafka

domingo, 17 de janeiro de 2010

Eu sou as minhas pessoas #10

Fui adoptada.
Pelo meio percebi a importância da potenciação da criação das condições através da formalização matemática (FGA?), a importância da dialéctica, uma visão de outra corrente sobre meios e fins. Lá percebi, finalmente, os pós e os pré todos, e aprendi umas quantas palavras novas (embora a cisão continue a marcar pontos).

E a frase da noite foi: "Tomara que todos os problemas fossem os bunkers"

Lembra tudo o que te disse #5

"e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti"
(AO)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Cheiros


Gwenaël Bollinger

"A tua mão enrola-se-me ao sexo. Lá fora, na melancólica haste do dia, estremece a sombra do Verão."

Al Berto, Casas desabitadas, Dispersos

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

What’s even better than giving money to Haiti?

"Grant Haitians Temporary Protected Status:

TPS is a form of temporary humanitarian immigration relief given to nationals of countries that have suffered severe disasters, natural or man-made.

Once a country has been given TPS, its nationals who are in the United States can apply for work authorization (a very useful thing to have if, say, one needs to send money home to family members in need of medical care or a house that has not been reduced to rubble), can’t be deported or put into immigration detention (also quite handy if you’re trying to work and send money home), and can apply for travel authorization, which allows them to visit their home country and return to the US, even if they wouldn’t otherwise have a visa that would allow them back into the country

To support TPS, contact the White House here. You’ll need to select “I have a policy comment”, and “Immigration” from the drop-down menu.

Alternatively, as Michael Clemens suggests, simply let their people come."

Post completo.

Mudanças

Maria Úria troca óculos freak-oh-fashion-sou bueda estiloso-tas a ver, por óculos de executive-oh-intelectual-bitch-nem que seja pelos óculos vais me levar a sério. E sente-se feliz.

O que estás a pensar?

Por mais que tente não consigo lidar bem com esta pergunta.

Muitas vezes o que acontece é quase que um autobloqueio ao pensamento quando alguém me pergunta "Em que estás a pensar?". Acontece que por mais que queira dizer o que estava a pensar (não são muitas as vezes que isto acontece), não me consigo recordar do que estava a pensar, e só consigo pensar que não me lembro do que estava a pensar. Complexo? nada disso, simplesmente há certas coisas que talvez quase que inconscientemente queres guardar para ti, que tens consciência que só tu o sabes e o poder de monopolizar o que pensas se assume quase como um resguardo.

A mim a política interessa-me #9



"O Presidente da República, Cavaco Silva, vai condecorar na terça-feira quatro “personalidades que exerceram funções públicas de alto relevo”, entre as quais o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes."

E...
"O ex-primeiro-ministro era o único antigo chefe de Governo que não tinha sido ainda agraciado."

Ah, então está bem.

Via Público: Notícia completa.

"Presa a esta pata ensaguentada que vacila" AO

Hoje, por ir a pensar em desamores, Violeta Úria foi atropelada por uma mota.
Quando se pensa que a coisa não pode piorar, há sempre um atropelamento à espera.

Somos o que somos #4


Katrin Elvarsdottir

"Eu dizia-te que chorar é lembrarmos-nos de nós um instante"

Al Berto, Apresentação da noite

Dia para a história

Não, não é porque vimos o caro B num grande concerto, e onde se viu também um grande capitalista financeiro ser bajulado como se não houvesse amanhã.
Não, não é porque cumprimentamos muito simpaticamente membros da família e proferimos 2 palavras (se tanto).
Não, não é porque o Alfredo faz anos (és mais velho que eu, uma conclusão que ainda não tinha retirado).
Mas sim porque descobri o que é a cevada, e o quanto eu gosto dela.

Depois de deixar o chá preto por causa da teína,
Deixo-te café por causa da cafeína
E encontro-te cevada, e ainda ganho proteína.

(rima claramente treinada ao espelho)

Lembra tudo o que te disse #4

"Volto assim que puder" (AB)
Pelo menos saberia que o tigre tinha andado à solta.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Somos o que somos #3


Bruno Dubner

"Gostava de te dizer que é pelo que sentes neste momento, que eu estou sozinho.
Gostava de te dizer que se assim o estou é porque tenho medo de me sentir como tu te sentes. Que é simplesmente medo de sofrer, de perder, de desacreditar, de desamar. Mas não, se assim estou é porque me fiz vir aqui parar, porque se por um lado sou esquisito nas escolhas e satisfação, por outro sou esquisito no feitio e disposição. Gostava de te dizer tudo isto, mas a verdade é que se tivesse a hipótese de sentir a plenitude do que já sentis-te, teria também arriscado."

Colin Duncan

Love comics #2

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

As formigas aparecem de todos os cantos.

Podia ser kafka, mas foi só o chefe que deixou o bolo na mesa quando saiu.

Há uns meses mas ainda hoje #2

"Caro orientador,
Isto está complicado.
Não é por não querer ler a Ostrom ou o Olson, não é que não concorde com o Stiglitz ou o Sadoulet. Acho que o Agrawal exagera. Vibro a ler o Hodgson. Mas quando vou a escrever...perco todo a motivação.
Estive uma hora para me concentrar, demorei 5 minutos para ficar duas horas a entreter-me. A fazer chá, ver os blogs, ir comer (sim, tinha acabado de jantar), ainda pensei ir arrumar a casa mas tive o bom senso de me voltar a sentar.
No entretanto escrevi um parágrafo de banalidades. Quantas banalidades consigo pôr em 8 páginas? Muitas.
De manhã decidi que hoje é que era. À hora de almoço, resolvi que ia escrever pelo menos 3 páginas à noite. Ao final da tarde considerei que podia só ler. À noite quando me sentei, fiquei deprimida.
Isto requer disciplina, e disciplina é algo que me falta.
A acção colectiva tem de começar na acção individual.
Um bom ano para si também."

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

"Queres as minhas colecções e os meus vícios"

Esta semana, dois dias.

Africa, colonizações e a ajuda

Não concordando inteiramente, aqui fica uma perspectiva da ajuda que se faz por Africa:

"A lot of people arrive in Africa to assume that it’s a blank empty space and their goodwill and desire and guilt will fix it. And that to me is not any different from the first people who arrived and colonized us. This power, this power to help, is just about as dangerous as hard power, because very often it arrives with a kind of zeal that is assuming ‘I will do it. I will solve it for you. I will fix it for you,’ and it rides roughshod over your own best efforts."

Binyavanga Wainaina, em entrevista com Krista Tippett on the Ethics of Aid. O podcast aqui.


ps- pensava eu que a China é que estava em forte a colonizar Africa.

Mais um "muro"

Israel vai construir vedação na fronteira com o Egipto
"Esta é uma decisão estratégica para garantir o carácter judeu e democrático de Israel" (...).

Artigo Público.
Artigo Haaretz.

Primeira licção


Catarina Botelho

_ Primeiro, não te lances tão depressa.
_ Não me lanço.
_ Nem para comê-la..
_ Nem para comê-la.
_ Nem para enfiar.
_ Nem para enfiar.
_ Primeiro tens de a preparar. E ela diz-te quando está pronta.
_ E como me diz?
_ Simplesmente diz. Vais notar. A primeira licção já sabes, fazer amor é coisa de dois.

Carne viva, Pedro Almodóvar.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Criámos um espaço.

A mim a política interessa-me #8

Ontem, diz ele: "O défice é só uma desculpa para discutir coisas muito mais importantes: que modelo social queremos".
Os restantes concordam.

Pergunto: "Mas onde acaba a táctica?" Outro ele reponde-me que não se pode permitir que se chegue ao populismo - a táctica tem de acabar antes do populismo.

(num registo de brincadeira mas em sintonia com os eufemismos da outra corrente, também foi dito: "não vamos nacionalizar as empresas, vamos democratizá-las")

(alterado)

A propósito das profecias de Johnny Hallelluja

Crónica de Luís Campos e Cunha (um economista que gosto bastante, especialmente por ter sido "despedido" pelo Sócrates por não concordar com ele na questão das grandes obras públicas), Público de 8 de Janeiro:

"o sobre-endividamento dos Estados está para o desencadear de uma crise como a obesidade está para o desencadear de um ataque cardíaco."

"Estamos com níveis de endividamento público rondando os 80% e chegaremos aos 90% dentro de um ano, se nada for feito."

"(...) países com níveis de endividamento público acima dos 90% do PIB, cresciam menos de 1 a 4 pontos percentuais (...). As razões são relativamente simples. Por um lado mais endividamento público hoje, significa mais impostos no futuro; e ninguém deseja investir em países onde sabe que no futuro vai ter de pagar mais impostos. Por outro lado, maiores níveis de dívida significam maiores riscos e, como tal, implicam taxas de juro mais elevadas."

"(...) também é verdade que decisões sobre grandes obras públicas condicionam mais a evolução da dívida do que deste orçamento. E estas já foram quase todas tomadas pelo governo sem discussão parlamentar."

Achamos que Johnny Hallelluja exagera, e esperemos que estas causalidades não tenham qualquer correlação com as suas profecias.



sábado, 9 de janeiro de 2010

Love comics


Santo Deus



Este senhor é qualquer coisa.
Está explicada a questão da adopção. Afinal é por medo da Pederastia. Ah bom.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O racismo no séc. XXI

Estou a ler Ébano, febre africana. Um livro que fala sobre África na década de 60, no início dos processos de independência e onde o autor não deixa de referir vezes sem conta o racismo que existia do branco, "o ser superior", em relação ao preto, o "ser inferior".
Este modo de pensar e agir superior faz-te confusão, não deixas de engolir a seco por mais passado que seja.

Mas o que pensar quando o racismo está aqui tão presente e cada vez se nota mais o seu aumento?

A crise e o desemprego vieram servir de justificação para a exaltação de uma nova onda de racismo um pouco por toda a Europa, apoiada pela extrema direita que desperta quase que a cada virar de esquina.

É algo quase que assustador ver a proliferação destes sentimentos e grupos.
Aqui ficam excertos da situação em Itália:

"Natal Branco" organizado por um autarca da Liga Norte, partido anti-imigrantes e membro da coligação de Direita no poder. A operação visava recensear os estrangeiros de Coccaglio (3000 habitantes) e denunciar os clandestinos à autarquia."

"A Liga Norte propôs igualmente reservar carruagens de comboios ou apoios sociais aos italianos."

"Nos estádios de futebol, depois de gritos de macaco dirigidos aos jogadores negros, os apoiantes da Juventus chamaram "preto de merda" ao atacante do Inter de Milão Mário Balotelli, italiano de origem ganesa. Há também dezenas de ofertas de casa com carácter xenófobo que são todos os dias publicadas na imprensa: "Nem animais, nem estrangeiros" ou "Só italianos, chineses não". Um primeiro processo contra o jornal de pequenos anúncios Porta Portese, que publicou avisos em que eram excluídas as "pessoas de cor", foi já instaurado pelo comité nacional contra a discriminação."

Artigo completo

Que queres que diga?

Só posso assumi-lo.
A vida boémia sempre foi o projecto, o "até hoje". Não consigo recusar uma (três?) cerveja(s) e dois (oito?) cigarros, uma conversa interessante ou nem por isso.
Sempre adorei o telefonema a meio da noite. Lembras-te quando me telefonaste (já eram 2?) e fomos juntos para os bairros antigos?
Ainda bebia vodka, agora já não consigo. Provavelmente és um dos culpados disso.
Era tudo espontaneidade.
Gostava disso. Ainda gosto.

Hoje ando pelas ruas.

A mim a poesia interessa-me #4



Catarina Botelho



_Sabes que quando passa algum tempo quase que te esqueces das sensações, tens apenas lembranças de como é e deixas de sentir tanta falta. Tornas-te quase incapaz de pensar em fazê-lo só pelo prazer.

_ Sei. O corpo habitua-se de certa forma ao ritmo, ou falta de, e parte da poesia também se perde assim.

Pérolas do Sr Submessivo

"Sou um prostituto da contabilidade"

De volta à cidade

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

As profecias de Johny Hallellujah

Ontem: "Em 6 meses o país estará na banca rota"

Fica escrito, em 6 meses lá veremos.
Independentemente do que acontecer terás sempre o poliamor e os pacotes.

Quando a Maria Gabriela esbarra em qualquer coisa

Justificação do desejo de esbarrar: não é mais do que a salvaguarda da possibilidade de trabalhar quando a pulsão se apresenta. O esbarramento é a defesa do texto. O esbarrante é o libidinalmente activo, para quem o viver e a forma de viver são vivencialmente indissociáveis.

Llansol, Livro de Horas I

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Nós somos os nossos risos #2

Normalmente há 3 versões: "Vocês riem-se que nem umas perdidas...", "Mas.. vocês não param de rir?" ou a minha preferida "Mas porque se riem se ninguém disse nada ?"
Como diria o radical livre "Queres mesmo saber? Se queres mesmo saber eu vou-te dizer!".

Poesia, boa disposição, piadas que roçam o limite do mau (e no meu caso) um sentido de humor muito fácil.
Chamem-nos sectárias .

Assinado: A outra corrente

"Preciso que ainda me reconheças"

Os manos que me perdoem, mas esta coisa das parcelas está a dar-me a volta à cabeça.

"Hinos à noite"

"A noite
de espelhos
reflecte a tua imagem
mais antiga

Escreve no teu rosto:
Sou tua."

Octávio K. de Oliveira

(entre a Índia vislumbrada, a vida dele em África e o exílio em Trás-os-Montes)

Ébano

Viaja como eu. E sonha como eu.
(Enquanto sentia as minhas parcelas desaparecer, fiquei preocupada com o que ia cair. A minha persistente dúvida sobre tolerância e inconsistência.)
Hoje, sou eu que te dou um nome, de planta.

PoRque o diabo aparece quando (não) se espera


Alene Usdin


Porque houve quem começasse 2010 assim.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Não percebo

Não percebo porque é que a merda dos heteros se incomodam e perdem tanto tempo com a possibilidade da merda dos homos se casarem pelo civil.
Não percebo.

(mas tenho cá para mim algumas pseudo-teorias, não muito bonitas)

O mundo não é uma regressão linear simples

Há alguns anos em Marrocos conheci um iraniano. Na altura o irão ainda não era visto como um elemento do "eixo do mal" tão activo ou em ebulição como é hoje. Também não havia a coragem de um povo em mostrar a sua vontade e descontentamento. Na troca de perguntas, a pergunta ingénua da minha versão bem mais menina, surgiu: então, mas o facto do Mahmoud Ahmadinejad não alinhar com os EUA não poderá ser uma coisa boa, visto que não é um lambe botas da governação bush? a resposta foi curta e certeira: as sanções que essa postura egoísta representam para o povo, para os mais pobres, não é justificável. Calei-me, pensei e todos dias repenso o quanto não sei e aprendo, o quanto tantas vezes ando enganada e sei tão pouco do que se passa neste mundo.

Bem haja aos dias que aprendemos como este mundo não é uma regressão linear simples.

(Lembrei-me deste episódio devido a este artigo sobre sanções economicas: "The Humanitarian Impact of Economic Sanctions")

Há uns meses mas ainda hoje #1

Disse que andava maluco com ela, e tinha de me mostrar.
(o preconceito habitual fez-me vacilar: então mas não me conheces?)
A cada dia, um deslize a menos.

Eu sou as minhas pessoas #9

"O que me desespera é que eu própria não seja um codicilo, um caderno, um livro, onde tudo o que acontece possa, a todo o momento, ser escrito"
...
"Todos os outros que, não sendo eu, me constituem, são a outra metade"

Llansol, Livro de Horas I

(em modo "ah e tal fiquei um bocadinho lamechas a ver as fotos)

2010 começa em Janeiro no Porto

A última produção Úria.
De volta ao registo "Branca de Neve" (desde as Salmonelas e as tentativas de anúncio a la SB que não saímos deste).

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Lembra tudo o que te disse #3

Às vezes o adjectivo começa a brincar com o substantivo.
A inconstância desdobra-se no inconstante, e o sorriso encontra a sorridente.

A mim a política interessa-me #7

"O Supremo Tribunal peruano confirmou a sentença de 25 anos de prisão pronunciada em Abril passado ao antigo Presidente do país, Alberto Fujimori, condenado por violações dos direitos humanos enquanto esteve no poder, na década de 1990."

Notícia completa

O que bom se vê por aqui #2