sábado, 27 de março de 2010

Fantasia

Juntos a escreveram, longe ficaram os seus corações.




AC

Illusions about illusions

"Friendship was another illusion like Love, though it did not reach the same mad heights. People pretended that they were friends, when the fact was they were brought together by force of circumstances. The classroom or the club or the office created friendships. When the circumstances changed the relations, too, snaped. What did Ramu care for him now, after all the rambles on the river, cigarettes, cinema and confidences? Friendship - what meaningless expressions had come in to use!
'Was is the matter, Chandra, you are suddenly moody?' asked Chandran's father.
'Nothing, nothing', said Chandran. 'I was only thinking of something. Father, have you any idea where your old college friends are now?'
Father tried to recollect. He gave up the attempt. 'I don't know. If I look at the old college group photo I may be able to tell you something."

The Bachelor of Arts, R. K Narayan

sexta-feira, 26 de março de 2010


Toshihiro Oshima

"Quem és tu que danças desclaço na noite escura?
Porque é que te deleitas com o cheiro e o sabor do sangue, dos corpos esventrados e inertes?
Porque é que cantas sobre o silêncio tumular dos cemitérios que criaste?
Ouves os gemidos que o vento traz? No sussuro das árvores, na fonte onde corre um fiode água, no lago onde a Lua se reflecte, ecoam gritos distantes...
Ouves?

Caminhas sobre fogo. Incendeias as searas. Deitas-te no chão com um sorriso de criança, embalada pelo crepitar das pantas que ardem.
Olhas para o céu com um olhar vazio e perguntas porquê vezes sem conta, até caires em exaustão.
Cruzas-te com rostos. Pairas sobre o mundo. Feres com a tua espada.
Nunca paras. Nunca te deténs. Nunca olhas para trás, só vês em frente um caminho interminável.

Quem és tu que, no crepúsculo de chumbo baço, uiva de dor?"

P.

"Quando| é quando?" Quando é hoje.

Voltam as ruas, voltam os cigarros a meias, volta a "súbita transformação".

quarta-feira, 24 de março de 2010

Somos o que somos #5




Toni Pepe

"Às vezes, lá onde moro, fico à noite a olhar as estrelas como as do deserto e oiço o tempo passar, mas não me angustia mais: eu sei que é justo que tudo o resto é falso."


MST, No teu deserto.

Eu sou as minhas pessoas #12

terça-feira, 23 de março de 2010

Do ilusionismo

Puritana. Deslumbrada. Mulher de armas. Exagerada. Durona. Coração mole.

segunda-feira, 22 de março de 2010

A dor de todas as ruas vazias.

"sujo os olhos com sangue. chove torrencialmente. o
filme acabou. não nos conheceremos nunca.

a dor de todas as ruas vazias.

os poemas adormeceram no desassossego da idade.
fulguram na perturbação de um tempo cada dia mais
curto. e, por vezes, ouço-os no transe da noite. assolam-me
as imagens, rasgam-me as metáforas insidiosas, porcas. ..e
nada escrevo.
o regresso à escrita terminou. a vida toda fodida - e
a alma esburacada por uma agonia tamanho deste mar.

a dor de todas as ruas vazias."
(AB)

domingo, 21 de março de 2010

sábado, 20 de março de 2010

"He tried to analyse why he was thinking of her. Why did he think of her so much? Was it her looks? Was she so good-looking as all that? Who could say? He hadn´t noticed her before. Then how could he say that she was the most beautiful girl in the world? When did he say that? Didn't he? If not, why was he thinking of her so much? Chadran was puzzled, greatly puzzled by the whole thing."

The Bachelor of Arts, R. K. Narayan

sexta-feira, 19 de março de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

Grito

"Não posso já com ervas nem com árvores:
Prefiro os lisos, frios mármores
Onde nada está escrito.

Meu gosto da paisagem fez-se escuro;
Nenhures é o lugar que mais procuro
Como homem proscrito.

Eu bem sei: A verdura! A flor! Os frutos!
Mas não posso passar de olhos enxutos,
Meu campo verde aflito.

Porventura cegaram os meus olhos
Porque há nos silveirais flores aos molhos
- Tanta flor me tem dito.

Mas eu bem sei que movediços lodos
Que são o chão, as lágrimas de todos,
Meu coração contrito.

Eu não sei se amanhã será meu dia;
Recolho-me furtivo na poesia,
Incerto o chão que habito.

Ai de mim! Ai de mim, nuvem medonha!
Os homens conheci, bebi peçonha,
E é por isso que grito."

Afonso Duarte

As pessoas têm consequências #4

Há muitas razões para fazeres o que fazes.

domingo, 14 de março de 2010

Neura

Jaquelina perde telemóvel num dos "milhentos" táxis de Lisboa. Único conforto é saber que o cachecol da Violeta já não se sente sozinho...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Eventualmente descemos à terra e conseguimos ouvir novamente

Maria Úria, a emigrante errante à procura de Edilson #2

Mesmo sabendo que Edilson a espera, "está na fé" de dançar hoje tudo e mais alguma coisa tão pop-animada-adolescente como:

Maria Úria, a emigrante errante à procura de Edilson #1

Mesmo sabendo que Edilson a espera, continua a ter dispersões em Portugal.
Ontem foi a vez do Nelas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Alfama, Alfama.. quantos segredos guardas tu?

Da intolerância

Reconheço que devia perder menos tempo com isto, mas este é daqueles pontos que vai para lá do sensível: tira-me do sério.

Rammstein é uma treta que se serve do "espectáculo" (ler no sentido do GD) e de golpes de publicidade para vender discos e convencer as pessoas que são uma banda pesada.
Estão exactamente ao mesmo nível que Slipknot.

Quando estes senhores são cabeça de cartaz "do dito dia pesado" do Rock in Rio, estamos mal. Mas o "dito festival" (e aqui dito porque a parte da música não deixa de ocupar uma posição marginal no "projecto") tem sempre a preocupação do dia pesada não ser o dia dos freaks e de escolher bandas que na realidade, se se tirasse a distorção, podiam ser de rock. (Excepção feita a MH, e não me venham com Metallica - se fosse até ao Black album aceitava, mas no último RRio tocaram way too many músicas dos últimos.)

Queremos bandas pesadas a sério! E parem de endrominar a malta com bandinhas pesadas que não valem nada e que na realidade são a bandinha dos meninos que até ouvem música pesada.

Posto isto, cada um ouve o que quer. Eu quero estes, ouvir o vozeirão desta senhora ao vivo deve ser poesia, mas se não for no RRio... melhor!

quarta-feira, 10 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Instituitions 101 #7

The picture is further complicated by North’s use of the different terms rule and constraint. North (1990, 1991, 1994) has written most often of formal and informal constraints,
rather than formal and informal rules, but he has not indicated why he dropped the word rule and whether or not constraints are also rules. North has written frequently of “formal rules” but not of “informal rules.” But some writers interpret North as making a distinction between formal and informal rules (e.g., Schout 1991). North’s (1994, 360) examples of “formal constraints” are “rules, laws, constitutions” and of “informal constraints” are “norms of behavior, conventions, self-imposed codes of conduct.” This suggests that rules are a special kind of formal constraint.

This creates a further problem for North. If all rules are formal, and institutions are essentially rules, then all institutions are formal. However, North (1995, 15) subsequently redefined institutions in the following terms: “Institutions are the constraints that human beings impose on human interactions.” By redefining institutions essentially as constraints, rather than rules, this raised the question of a possible distinction between formal and informal constraints. This 1995 definition of an institution neglects the enabling aspect of institutions by emphasizing constraints alone. North (1997, 6) then shifted back to a conception of institutions as “the rules of the game of a society.”

Hodgson (2006), ou a poesia na economia

A mim a política interessa-me #10 (alterado)

Eu confesso que estava preocupada. Mas, depois de saber que o Constâncio aplaude o PEC, do FMI dizer que a nossa crise é diferente da da Grécia e do Ministro das Finanças falar em privatizar a EDP, REN e TAP... suspirei de alívio.
Depois vieram-me duas expressões à cabeça: moinhos satânicos e auto-protecção social. Brinquemos então!
As opções económicas revelam ideologia política. As opções têm consequências.

"A soma de PECs restritivos é uma enorme recessão. A soma de “esquerdas” moles, adaptativas, conformadas e respeitadoras dos “mercados”, é uma social-democracia europeia incapaz de contribuir para evitar o desastre anunciado." José Castro Caldas, aqui.

Origem presente #2


Alen Eusdin

"Haverá realmente uma lei
da conservação da dor?
Assim que ao escorraçá-la daqui
alguém noutro sítio, sente uma dor
pior que a palavra ai.

Ou será que a dor, como energia
(por um momento de analogia)
se transforma, não em calor,
mas por exemplo em desamor
pior que a palavra ai?

Ou será que a dor que escorraçamos
continuará aqui noutra forma
e entorpece sem risos, sem fulgor
o nosso corpo ávido de dor
saudoso da palavra ai?"

Judith Herzberg, O que resta do dia

segunda-feira, 8 de março de 2010

O aborrecimento é meu #1

Rigidez. Incoerência. Incapacidade.
"It is much more a lack of fun which batters us than over abundance and indulgence" RV

domingo, 7 de março de 2010

Há mundo para ver e sentir #2

O meu inconsciente insiste em não descansar. Talvez em pensar e sentir o que o consciente se tem inibido de fazer nos últimos dias. Acordo com o cansaço dos sonhos, com o sentimento que há algo que ainda não me apercebi e ele me tenta dizer. Assusto-me. Retraio-me. Questiono-me. O medo da sua incompreensão invade-me. Luto para o afastar e esquecer. Vejo-me a sorrir na Av. Paulo Samuel Kankhomba. É essa imagem que prendo em mim.

sábado, 6 de março de 2010

Há mundo para ver e sentir



Depois do medo inicial e de alguma motivação tímida e indecisa, o conforto da decisão. O medo encontra-se reconfundido longe do consciente. Talvez porque ainda nada se materializou, apenas se pensou e sentiu. Há um mundo para ver e sentir e motivações a cumprir. E a verdade é que os sítios que nos fazem falta podem sempre ser reinventados.

quinta-feira, 4 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010