A cena da aviação é um mito. O impacte das emissões de GEE da aviação é residual (se tiveres em conta o total de emissões, mas também o seu peso relativo no sector). Agora de cabeça não sei se 2% ou 7% (do total). A maior parte das emissões do sector "transportes" vem do transporte rodoviário, ou seja, parte da atenção mediática que recai sobre a aviação e a necessidade de criar uma levy, limitar o acesso, fazer a ligação com o PPP, deveria ser canalizada para aqui. Mas com campanhas a sério e nao campanhas de car pooling da treta.
violeta, é verdade q a aviação é um cagagésimo do total dos transportes, mas primeiro os transportes são o sector que pior comportamento tem tido em redição de GEE e segundo a aviação é dos pouquíssimos sectores que não entram em Quioto (felizmente isso vai mudar). Ou seja, carro, autocarros e comboio tá tudo contadinho para as contabilidades de quioto, mas a aviação está isenta. O sistema ainda fica mais perverso qd se percebe que a aviação não "apanha" com nenhuma taxa ambiental, provocando concorrência desleal contra o comboio e autocarro.
ñ é pela aviação q o gato vai às filhozes, mas é claramente o exemplo mais absurdo de política ambiental.
Alfacinha, Concordo com algumas coisas que disseste mas... - Desde 2007 que as emissões no sector dos transportes estão a estabilizar e a diminuir (ao nível nacional e Europeu), se se tiver em conta os diferentes modos; obviamente que foi uma consequência da crise e não representa uma mudança estrutural, mas poderia ser uma oportunidade para aproveitar/promover esta tendência. - Quanto a não entrar em Quioto, toda a razão. Mas também é verdade que o sector global dos transportes não entra, daí a utilização do PNAC como instrumento de redução nacional. (mais uma vez: é verdade que nem o PNAC comtempla a aviação) - Quanto à entrada, também acho muito bem. - Quantos às taxas: e embora concorde que se deveria utilizar a taxação como forma de internalizar os custos ambientais, é importante perceber que raramente o sector da aviação concorre com o transporte rodoviário/ferroviário. Cada um tem uma utilização específica, muitas vezes complementar e daí a necessidade de pensar no 'cidadão multimodal' (aqui já a uma escala mais pequena...).
Além disso: gosto de discutir estas coisas, gostei do teu comentário.
violeta, - as emissões dos transportes também não cresceram mais devido ao preço do petróleo. sem a crise e sem essa subida, teriam subido, acho que concordamos. - discordo qd dizes q não concorre com outros sectores. mesmo em lisboa, há imensos voos para o porto e madrid - casos onde o comboio é alternativa. o comboio madrid-lisboa nao leva mta gente pq o preço não compensa. mas no centro da europa e nas zonas mais urbanas dos eua, o comboio é uma alternativa. londres, paris, bruxelas e amesterdão têm ligação por comboio rápido, mas têm também dezenas de vôos diários entre elas. - mais importante ainda (e eu esqueci-me de referir) não é só o preço da aviação face às alternativas que importa,mas o preço absoluto porque o número de viagens de avião não é constante, mesmo quando não há alternativa. é um absurdo ambiental haver viagens a 1€.. ou mesmo a 100€. quem dantes ia ao algarve, vai agora à grécia e quando toma essa decisão não acarreta com as externalidades ambientais.
e sim, eu também gosto de discutir :) qd é feito seriamente
Alfacinha, - concordo. por isso fiz a referência à mudança não ser estrutural, e apenas conjuntural. o meu ponto aqui era: se existiu uma mudança de comportamento induzida por uma questão económica, poder-se-ia tirar daí ilações, ao nível da formulação de novas políticas. - O Alfa anda muitas vezes com uma ocupação marginal (isto sem dados estatísticos, só pela minha experiência) e aí admito que parte das pessoas que "não estão" no alfa estão no avião (aqui, também poderíamos entrar com as projecções realizadas sobre a taxa de ocupação da ferrovia, especialmente entre os centros urbanos). Mas quando passamos para lisboa-madrid (pela distância e tempo, ou seja sem entrar na questão do custo da viagem) acho que não competem - principalmente se se tiver em conta a motivação dos utentes (nota: assumo que isto parte mais de uma questão de percepção do que estudos e análises profundas). E acima de tudo, quando entramos no nível urbano (daí a referência que fiz "ao nível mais pequeno") acho que cada modo pode cumprir funções distintas e complementares - claro que aqui entrávamos no debate sobre políticas de OT, sistema integrado da rede de transportes etc... - na parte das viagens internacionais acredito no que dizes, não conheço muito dessa realidade. - sobre o preço das viagens a 1€, nada contra. Venham as taxas!!
Basicamente, concordamos (em geral) um com o outro.
A cena da aviação é um mito. O impacte das emissões de GEE da aviação é residual (se tiveres em conta o total de emissões, mas também o seu peso relativo no sector). Agora de cabeça não sei se 2% ou 7% (do total). A maior parte das emissões do sector "transportes" vem do transporte rodoviário, ou seja, parte da atenção mediática que recai sobre a aviação e a necessidade de criar uma levy, limitar o acesso, fazer a ligação com o PPP, deveria ser canalizada para aqui. Mas com campanhas a sério e nao campanhas de car pooling da treta.
ResponderEliminarEstou tão anti-climate bullshit hoje.
ResponderEliminarAo estilo do nosso familiar: don´t mess with violeta today!
ResponderEliminarahaha, sorry. Estave entre projectos e saiu um bocadinho bruto.
ResponderEliminarvioleta,
ResponderEliminaré verdade q a aviação é um cagagésimo do total dos transportes, mas primeiro os transportes são o sector que pior comportamento tem tido em redição de GEE e segundo a aviação é dos pouquíssimos sectores que não entram em Quioto (felizmente isso vai mudar).
Ou seja, carro, autocarros e comboio tá tudo contadinho para as contabilidades de quioto, mas a aviação está isenta. O sistema ainda fica mais perverso qd se percebe que a aviação não "apanha" com nenhuma taxa ambiental, provocando concorrência desleal contra o comboio e autocarro.
ñ é pela aviação q o gato vai às filhozes, mas é claramente o exemplo mais absurdo de política ambiental.
Alfacinha,
ResponderEliminarConcordo com algumas coisas que disseste mas...
- Desde 2007 que as emissões no sector dos transportes estão a estabilizar e a diminuir (ao nível nacional e Europeu), se se tiver em conta os diferentes modos; obviamente que foi uma consequência da crise e não representa uma mudança estrutural, mas poderia ser uma oportunidade para aproveitar/promover esta tendência.
- Quanto a não entrar em Quioto, toda a razão. Mas também é verdade que o sector global dos transportes não entra, daí a utilização do PNAC como instrumento de redução nacional. (mais uma vez: é verdade que nem o PNAC comtempla a aviação)
- Quanto à entrada, também acho muito bem.
- Quantos às taxas: e embora concorde que se deveria utilizar a taxação como forma de internalizar os custos ambientais, é importante perceber que raramente o sector da aviação concorre com o transporte rodoviário/ferroviário. Cada um tem uma utilização específica, muitas vezes complementar e daí a necessidade de pensar no 'cidadão multimodal' (aqui já a uma escala mais pequena...).
Além disso: gosto de discutir estas coisas, gostei do teu comentário.
Nota: no ponto 2, quando falo em não entrar em Quioto, refiro-me à participação nos mecanismos de Quioto (CELE, etc...).
ResponderEliminarvioleta,
ResponderEliminar- as emissões dos transportes também não cresceram mais devido ao preço do petróleo. sem a crise e sem essa subida, teriam subido, acho que concordamos.
- discordo qd dizes q não concorre com outros sectores. mesmo em lisboa, há imensos voos para o porto e madrid - casos onde o comboio é alternativa. o comboio madrid-lisboa nao leva mta gente pq o preço não compensa.
mas no centro da europa e nas zonas mais urbanas dos eua, o comboio é uma alternativa. londres, paris, bruxelas e amesterdão têm ligação por comboio rápido, mas têm também dezenas de vôos diários entre elas.
- mais importante ainda (e eu esqueci-me de referir) não é só o preço da aviação face às alternativas que importa,mas o preço absoluto porque o número de viagens de avião não é constante, mesmo quando não há alternativa. é um absurdo ambiental haver viagens a 1€.. ou mesmo a 100€. quem dantes ia ao algarve, vai agora à grécia e quando toma essa decisão não acarreta com as externalidades ambientais.
e sim, eu também gosto de discutir :) qd é feito seriamente
Alfacinha,
ResponderEliminar- concordo. por isso fiz a referência à mudança não ser estrutural, e apenas conjuntural. o meu ponto aqui era: se existiu uma mudança de comportamento induzida por uma questão económica, poder-se-ia tirar daí ilações, ao nível da formulação de novas políticas.
- O Alfa anda muitas vezes com uma ocupação marginal (isto sem dados estatísticos, só pela minha experiência) e aí admito que parte das pessoas que "não estão" no alfa estão no avião (aqui, também poderíamos entrar com as projecções realizadas sobre a taxa de ocupação da ferrovia, especialmente entre os centros urbanos). Mas quando passamos para lisboa-madrid (pela distância e tempo, ou seja sem entrar na questão do custo da viagem) acho que não competem - principalmente se se tiver em conta a motivação dos utentes (nota: assumo que isto parte mais de uma questão de percepção do que estudos e análises profundas). E acima de tudo, quando entramos no nível urbano (daí a referência que fiz "ao nível mais pequeno") acho que cada modo pode cumprir funções distintas e complementares - claro que aqui entrávamos no debate sobre políticas de OT, sistema integrado da rede de transportes etc...
- na parte das viagens internacionais acredito no que dizes, não conheço muito dessa realidade.
- sobre o preço das viagens a 1€, nada contra. Venham as taxas!!
Basicamente, concordamos (em geral) um com o outro.