terça-feira, 3 de novembro de 2009

Esta é para os manos #2

Parafraseando Herberto Helder:

"Amor - eis a palavra. O puro amor dos "Úrias". Mas a cidade era inatacável. A máquina funcionava: os jardins, a polícia, e os nomes, as imagens caçadas no ar, o trânsito das metáforas bancárias, ou os quartos onde se acorda para morrer, ou os nexos de lembrança, e a carne negra sobretudo quando os incêndios ameaçam passar de casa para casa, tudo: a vida inteira estancada como um dia entre duas noites, os medos, os mistérios. E os "Úrias" praticavam o seu terrorismo luminoso. Escreviam monografias onde a paixão interna corrompia a objectividade: era uma ciência rebelde."

Desta não estavam vocês há espera.

1 comentário:

  1. Num momento de desvario ocorreu-me: parece que souberam o que íamos fazer, antes de nós.

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